Seguindo nossa série sobre como investir no exterior, já vimos que é simples abrir uma conta e que você está protegido caso sua corretora nos EUA quebre. Eu gosto dos EUA, pois conheço melhor como as coisas funcionam por lá e porque os produtos oferecidos lá te dão exposição ao mundo todo, praticamente. Mas se você está familiarizado com outro país, faça o que for mais fácil para você.
Agora você está com a conta aberta e se depara com que 2 mil ETFs, 4 mil empresas listadas, milhares de ADRs (empresas estrangeiras que negociam recibos de suas ações nos EUA) e uma infinidade de títulos de renda fixa e fundos. Aquela euforia inicial dá lugar a ansiedade.
Eu gosto de coisas simples e prefiro ter somente ETFs. Existem dois sites muito bons (em inglês) que permitem que você filtre os ETFs por tipo, região, estratégia e tudo mais: ETF.com e ETF Database.
Já mostrei a tabela periódica dos investimentos feita pelo J.P. Morgan:
Nos últimos 15 anos, a classe de ativos que mais subiu foram os REITs (fundos imobiliários), seguida pelos títulos sem grau de investimento (high yields), empresas small cap dos EUA, ações dos países emergentes, títulos com grau de investimento, empresas grandes (large cap), ações de países desenvolvidos, caixa e, por fim, commodities.
Na Inva Capital, separamos os investimentos em quatro categorias:
- Renda Fixa
- Imóveis
- Ações
- Investimentos Alternativos
Para um portfólio no exterior, fazemos da mesma forma. Assim, de acordo com a tabela acima teríamos:
- Renda fixa: títulos com e sem grau de investimento (de países desenvolvidos)
- Imóveis: REITs
- Ações: small caps e large caps dos EUA e empresas de países desenvolvidos
- Investimentos Alternativos: commodities
Pela grande volatilidade e baixo desempenho (além de não entender muito o mercado), prefiro não ter commodities na carteira. Porém, existem diversos ETFs que se encaixam em Investimentos Alternativos que não apareceram na tabela acima. Por exemplo, os que investem em volatilidade (tanto comprados como vendidos) e que, como vimos, podem ser usados para proteção de uma carteira de ações. Além deles, existem alguns com estratégias específicas, de moedas, entre outros.
Apesar da diversidade, prefiro ficar longe deste fundos, pois eles dependem do momento certo de saída e entrada e isso é coisa que não sei fazer. Amanhã, veremos alguns ETFs para compor uma carteira de renda fixa.