Não! Mesmo com a queda dos juros, os fundos DI continuarão a existir e a ser parte importante dos portfólios dos investidores. Aliás, criar uma campanha dizendo que investimentos pós-fixados irão deixar de existir (ou serão ruins no futuro) é uma grande apelação.
Primeiro, o que importa é o ganho real (a rentabilidade do investimento descontado da inflação). Veja como o CDI real se saiu no último ano (para 2016 e 2017, peguei a Selic média para cada ano do Focus e descontei 0,05%):
Ou seja, em termos reais, investimentos que seguem o CDI deverão ter o melhor desempenho dos últimos anos em 2016 e 2017.
Não adianta fazer terrorismo, textos em caixas vermelhas, montagens com lápides e comparar com o que aconteceu no passado (ainda vai demorar para vermos a Selic em 7,25% novamente).
Claro, existem fundos DI horríveis. Mas usá-los exclusivamente como argumento para colocar medo nos investidores e vender relatórios é um exagero. Se bem usados, os fundos DI são uma excelente alternativa para o famoso “dinheiro parado” que tanto assusta os investidores brasileiros (reminiscências da época de hiperinflação).
Você vendeu algumas ações e acha que o mercado subiu muito e quer esperar antes de comprar novamente? Invista num fundo DI com liquidez diária e baixa taxa de administração.
No exterior, em que as taxas de juros estão em 0%, os fundos de caixa (money markets) continuam a existir com diversos trilhões de dólares. Veja como alguns deles se saíram nos últimos 10 anos:
Note que a taxa de administração (coluna mais a direita) faz diferença.
Enfim, não se preocupe. Os fundos DI continuarão a existir. Para ter uma rentabilidade satisfatória, basta escolher bons produtos.