O Wall Street Journal fez uma matéria bastante interessante com o gestor do fundo de pensão do estado de Nevada, nos EUA. Ele é responsável por USD 35 bilhões e deu sua receita de investimento: faça o mínimo possível, de preferência nada.
Seguindo essa simples receita, os retornos de fundo de pensão de Nevada batem o maior do país (o Calpers, da Califórnia), comparando o retorno de um, três, cinco e 10 anos. Isso tudo trabalhando sozinho, contra um batalhão de analistas do Calpers.
Sua estratégia: manter os custos baixos e não tentar bater o mercado.
E o que ele faz durante o dia? “Passo muito tempo pesquisando coisas que no final das contas não faremos.” O portfólio é rebalanceado uma vez por ano.
Já escrevi diversas vezes ao longo de quase três anos de Plano de Voo que é muito difícil bater o mercado no longo prazo e que devemos sempre olhar os custos dos produtos. Infelizmente, no Brasil, não temos acesso aos produtos que existem no exterior (em que é possível montar uma carteira só com ETFs e ter exposição a renda fixa, imóveis, ações e praticamente qualquer coisa imaginável, inclusive o recém-lançado WSKY, que compra empresas que vendem whisky e outros destilados) e temos somente ETFs de ações.
Ao menos é um começo. Parte do portfólio pode ser alocada em um produto simples e barato e que não te trará problemas. Se funciona para um fundo de pensão gigante, acredite, funcionará para você também.
Originalmente enviado aos clientes da Inva Capital em 21/10/2016.