Chegamos a 5 anos de Planos de Voo! E nada melhor que coroar essa data com uma apresentação com o cenário da Inva Capital para nossos clientes e convidados.

O evento teve até live no Instagram! Enfim, gostaria de agradecer a participação de todos e podem apostar que faremos mais eventos do tipo.
Aos que não puderam ir, este Plano de Voo será dedicado ao que falamos de importante na quarta passada.
O Raphael começou falando sobre o desempenho das nossas carteiras recomendadas nos últimos 5 anos. Cada uma delas bateu seu respectivo benchmark no período:

O Portfólio, que é composto pelas quatro carteiras acima subiu 107,95% em cinco anos, contra 86,91% do benchmark (40% IMA Geral ex-C, 20% IFIX, 15% IBrA e 25% IFMM-A). Nada mal!
Depois ele passou a falar sobre nossas expectativas, primeiro comparando as que fizemos no início do ano passado com o resultado real:

Como não revisamos as projeções durante o ano, a do PIB acabou ficando bem longe da nossa estimativa inicial. A greve dos caminhoneiros teve um grande impacto nisso. Além disso, o dólar ficou bem longe do que imaginávamos.
Para 2019, temos o seguinte cenário (claro, levamos em conta que a reforma da previdência será aprovada em um formato positivo para o mercado):

Já escrevi antes que muito mais importante que os números em si, devemos focar na tendência que eles mostram. Ou seja, PIB com alta bem maior que a do ano passado, Ibovespa subindo bem (lembrando que em janeiro já se foram 10% de alta) e dólar em queda.
Alguns dados que ajudam a entender esta projeção otimista:
- A inflação continua baixa

- Os juros reais estão bem menores que nos anos anteriores

- A inadimplência das pessoas físicas não para de recuar

- E a confiança do consumidor disparou

Claro, existem muitos problemas. Um deles é o déficit primário do governo:

Depois passamos à parte internacional, em que falei sobre três questões importantes:
- Guerra Comercial (principalmente entre EUA e China)
- Brexit
- Recessão nos EUA
Vou ficar apenas no item 3. Cada vez mais as pessoas estão convencidas que uma recessão nos EUA está chegando. Mas temos que lembrar que nem todas as recessões serão como a de 2008, evento que não deveremos ver de volta. Como é impossível prever quando uma começa e termina (mas o s gurus, com análises após o fato, dirão que já sabiam de tudo), temos que acompanhar os acontecimentos e ajustar nossas expectativas de acordo.
Eu diria que o mais preocupante hoje é o alto endividamento das empresas norte-americanas. Os anos de juros muito baixos as incentivaram a aumentar suas dívidas para níveis em relação ao PIB que já superam o período pré-crise de 2008:

Além disso, o número de empresas que estão a um passo de perder seu grau de investimento nunca foi tão grande (área vermelha):

A perda do grau de investimento faria com que diversas instituições e fundos fossem obrigados a vender esses títulos. Essas vendas em massa fariam os preços cair e isso criaria um efeito bola de neve com resultados difíceis de prever.
Depois que perdem o grau de investimento (ou nunca chegaram a ter), os títulos da empresa são chamados de high yield ou junk bonds. É um mercado bem grande e não há nada de errado em investir neles, já que eles oferecem um retorno mais atrativo pelo maior risco (nossos clientes tem esse tipo de título em seus portfólio no exterior). Abaixo deles, estão os empréstimos alavancados (leveraged loans) que são feitos a empresas com crédito muito ruim e são atrelados à taxa de juros. Veja como esse mercado cresceu nos últimos anos:

Felizmente, o Fed interrompeu seu ciclo de alta nos juros (não devemos ter nenhum aumento até o final do ano) fazendo com que esses empréstimos não se tornassem tão caros para as empresas. Veremos até quando o Fed continuara com esta postura.
Claro, não poderia encerrar o evento sem mostrar a imagem abaixo.

Originalmente enviado aos clientes da Inva Capital em 22/02/2019